Agora o Jetta está de volta à capa de QUATRO RODAS. É a vez de a versão turbo ser apresentada aos rivais. Ford Fusion, Chevrolet Malibu e Sonata são maiores e isso tem peso num segmento onde porte é igual a imponência - que é igual a status. Com 4,64 metros de comprimento, o VW é o menor da turma - todos têm ao menos 4,8 metros. Em contrapartida, tem um conjunto mecânico (com motor 2.0 turbo de 200 cv e câmbio automatizado de dupla embreagem) de causar inveja nos rivais, com caixas automáticas convencionais de seis marchas e motores aspirados com menos de 180 cv.
Espaço, equipamentos, desempenho, porte, design, dirigibilidade, qualidade de materiais e construção, preço. Siga em frente e descubra qual destes sedãs oferece mais pelo seu dinheiro.
4º Malibu LTZ 2.4 16V
Se custasse na vida real o mesmo preço que a Chevrolet divulga na tabela, o Malibu seria carta fora do baralho. Seu preço oficial é de 89900 reais, mas, em meados de junho, as autorizadas fechavam negócio a 79900 reais. De acordo com a fábrica, o valor era promocional, uma estratégia para limpar o estoque de Malibu 2010/11 e abrir espaço para a chegada dos 2011/11, que voltariam ao preço normal. O gerente de vendas de uma concessionária de São Paulo discorda: "Como o novo lote não terá mudanças, será impossível voltar a cobrar 90000 reais. Aposto que o preço continuará na casa dos 80000 reais".
No primeiro semestre do ano que vem, a nova geração do Malibu chegará ao Brasil - como modelo 2013. Renovada, contará com elementos estéticos do Camaro, como as laternas divididas em dois pares e o quadro de instrumentos com o duplo canhão quadrado, abrigando velocímetro e contagiros. Já o rádio atual, com display com caracteres formados por pontinhos iluminados em verde, dará lugar a uma central multimídia com LCD de 7 polegadas. As linhas da carroceria se livram da monotonia e ficam mais dinâmicas - não tão futuristas quanto as do Sonata, mas mais ousadas que as de Fusion e Jetta.
Com a nova geração, também são aguardadas mudanças mecânicas. O motor atual, um quatrocilindros 2.4 de 171 cv e 22,1 mkgf, será "aumentado" para 2.5. Anabolizado e com injeção direta de gasolina, o motor terá números melhores: potência de 190 cv e 25 mkgf de torque.
O volante grande e de aro pouco espesso reforça o lado americano do Malibu. Campeão do comparativo no quesito entre-eixos (2,85 metros), tem uma cabine com muito espaço para as pernas na dianteira e na traseira, mas cobra a conta com um porta-malas pequeno, com capacidade para apenas 428 litros. O do Jetta, cujo entre-eixos é de apenas 2,65 metros, tem volume interno de 510 litros.
O ajuste macio da suspensão é outro indicador da americanização do Malibu. Assim como seu conterrâneo Fusion, não é muito chegado a curvas contornadas com emoção. Quem insistir, no entanto, contará com o auxílio do controle eletrônico de estabilidade e tração, tanto no Chevrolet quanto no Ford. Os freios do Malibu (o mais pesado, com 1 582 kg) foram os únicos capazes de imprimir na pista números de frenagem tão bons quanto os do Jetta (o mais leve, com 1 375 kg).
DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO As respostas lentas ao volante combinam com a suavidade extrema da suspensão. Os freios são exemplares.
★★★
MOTOR E CÂMBIO Acelera menos que os concorrentes e está entre os que mais bebem gasolina.
★★★
CARROCERIA A chegada do Malibu 2013 só confirma: o desenho da atual geração está defasado.
★★★
VIDA A BORDO A cabine é muito espaçosa e completa, mas o layout antigo cria um clima monótono.
★★★
SEGURANÇA ABS, airbag, controle de tração e estabilidade ele tem, mas faltou o apoio de cabeça no centro do banco traseiro.
★★★★
SEU BOLSO Ainda que o preço oficial baixe em definitivo para 79900 reais, o Malibu sai mais caro que o Fusion.
★★★
3º Sonata 2.4 16V
Se a carroceria obsoleta foi o principal fator do estacionamento do Malibu na lanterna do comparativo, o que faz o radical Sonata na terceira colocação? Resposta: o preço alto.
O valor de tabela do sedã coreano é o mesmo desde a estreia, ocorrida em novembro de 2010, 105 000 reais. Mas a lei da oferta e procura está se encarregando de ajustar esse preço: hoje, é possível fechar negócio com uma proposta de 97 000 reais, conforme apuração realizada em meados de junho.
Se o Malibu é a referência em espaço interno, o design é o ponto alto do Hyundai. Não há um ângulo sequer em que ele carregue linhas comportadas. O perfil é o grande destaque, com as colunas A e C inclinadas, formando um teto longo e em arco. Um vinco nasce suave no para-lama dianteiro, cresce nas portas, onde se funde às maçanetas, e morre na tampa do porta-malas, logo após servir de moldura superior para as lanternas.
O interior segue um tom um pouco menos radical que as linhas externas. Os quatro difusores do sistema de ar-condicionado (digital e bizona) são verticais e o rádio tem a mesma tela de outros Hyundai - é do tipo que o fundo fica iluminado, não os caracteres. "Apenas os primeiros lotes traziam revestimentos com cores diferenciadas, como creme e vinho. Os Sonata mais novos chegam com couro cinza escuro, quase preto", diz o vendedor de uma concessionária Caoa de São Paulo. A mescla de superfícies foscas com detalhes em preto brilhante rende um efeito interessante. O câmbio do Sonata, uma caixa automática com seis marchas, permite trocas sequenciais por meio da alavanca e de borboletas atrás do volante - estas, de plástico muito fino, passam a impressão de fragilidade.
Na pista, o Sonata apresentou o pior número de consumo rodoviário, com apenas 11,8 km/l - na cidade, registrou 8,2 km/l, uma marca (pouco) melhor apenas que a do Malibu, com 8 km/l. À exceção do turbinado Jetta, todos os rivais aspirados perdem para o Sonata nas provas de aceleração e retomadas de velocidade. Na prática, o bom desempenho na pista se traduz num sedã esperto e ágil em meio ao trânsito.
Bem equipado, o Sonata é vendido em versão única, com motor 2.4 16 V de 178 cv. O mesmo vendedor que confirmou o preço real do Sonata falou sobre a chegada de uma versão mais em conta, com motor 2.0 16V de 165 cv: "Será no segundo semestre e terá menos equipamentos".
DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO As rodas aro 18 com pneus de perfil baixo combinam com o estilo esportivo, mas sacrificam o conforto.
★★★
MOTOR E CÂMBIO Se não fosse tão gastador na estrada, obteria uma nota melhor.
★★★
CARROCERIA Para quem prioriza o status, o Sonata é a escolha certa.
★★★★
VIDA A BORDO Em espaço para passageiros, o Sonata só perde para o Malibu.
★★★
SEGURANÇA Atrás, há encosto de cabeça para quem viaja no centro, mas falta o cinto de três pontos.
★★★★
SEU BOLSO Até vendedor de Hyundai reconhece que os descontos não chegaram ao máximo. Ou seja, o Sonata ainda é caro diante dos rivais.
★★★
2º Fusion 2.5 16V
Assim como o Malibu, o Fusion carrega uma série de qualidades - boas e ruins - que entregam sua origem norte-americana. O volante grande, os displays digitais com caracteres ponteados e a dirigibilidade notadamente voltada para o conforto são algumas delas.
Tecnicamente, o câmbio do Fusion é inferior ao de seu conterrâneo. Além de não oferecer ao motorista a opção de trocas de marcha por meio de borboletas (ou teclas) no volante - os carros aqui confrontados provam que esse é um item mandatório no segmento -, ele sequer permite mudanças sequenciais pela alavanca.
Apesar de pobre em recursos, a caixa automática de seis marchas casa bem com o motor 2.5 de 173 cv. Na média dos concorrentes nas provas de retomada e aceleração, o Fusion foi muito bem nos testes de consumo. Na simulação da vida em estrada, chegou a derrotar o supereficiente Jetta (14,3 contra 13,4 km/l). Na cidade, ficou atrás do VW por pouco: 9,1 ante 9,4 km/l. O quatro-cilindros Ford contribui para o ótimo desempenho do Fusion nas medições de ruído.
No cotidiano, o Fusion também agrada. A suspensão é um pouco mais firme que a do Malibu, mas ainda assim trabalha mais macia que a de Jetta e Sonata. Vá com calma em valetas e lombadas: o longo balanço dianteiro (área de carroceria à frente do eixo) faz com que o para-choque raspe com extrema facilidade - o modelo cedido pela Ford apresentava inúmeras cicatrizes.
Na hora de contratar o seguro, o dono de um Fusion pode contar vantagem, pois paga menos: 2637 reais, de acordo com a Corretora Nova Feabri. O seguro de Jetta, Sonata e Malibu custa, respectivamente, 2996, 3770 e 2692 reais.
Dono do maior porta-malas da turma, com 530 litros, o Fusion também é espaçoso na cabine. Aliás, é dele a melhor relação entre espaço para passageiros e bagagem.
Ao abrir o capô, o motor sem capa causa má impressão: nem parece que o Fusion pertence a uma categoria que atende clientes exigentes. Na cabine, acontece o contrário, o painel e as forrações de portas são macios e emborrachados, com ótima qualidade de montagem.
Outra vantagem do Fusion está no prazo de garantia, de três anos. Não é tão elástica quanto os cinco anos do Sonata, nem tão modesta quanto o único ano de Malibu e Jetta.
DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO A suspensão oferece ótimo compromisso entre estabilidade e conforto. Os freios poderiam ser mais eficientes.
★★★
MOTOR E CÂMBIO Econômico, o 2.5 do Fusion se mostrou o mais comedido nas provas de consumo rodoviário.
★★★★
CARROCERIA O design do Fusion ainda é capaz de atrair olhares de cobiça na rua.
★★★★
VIDA A BORDO O display do computador de bordo e do rádio entregam a idade do projeto do Fusion.
★★★
SEGURANÇA Como o Jetta, oferece apoio de cabeça e cinto de três pontos para quem viaja no centro do banco traseiro.
★★★★
SEU BOLSO Na prática, é o mais barato dos sedãs aqui reunidos.
★★★★
1º Jetta 2.0T 16V
Se a boa dirigibilidade estiver no topo da sua lista de prioridades na hora de escolher um carro, não pense duas vezes: vá de Jetta. Agora, se o que você busca é uma boa relação entre custo e benefício, vá de... Jetta. Sim, ele é o menor dos sedãs aqui alinhados, não tem o desenho mais chamativo e está longe de ser uma pechincha. Mas é o que apresenta os melhores argumentos para merecer o seu dinheiro - e a sua garagem
Se ao volante você é do tipo pacato, basta dosar o pé sobre o acelerador. O câmbio DSG de dupla embreagem troca as marchas rapidamente, sem deixar o giro subir. A via permite uma tocada mais esportiva? Mova a alavanca do câmbio de D para S e boa diversão. As marchas também são engolidas rapidamente, mas só depois de o giro ser elevado entre 5 000 e 6 000 rpm. O trabalho do ponteiro do conta-giros denuncia a rapidez nas trocas: ele mal cai e já começa a subir, vigoroso.
Todo esse apetite do motor é sustentado por uma carroceria com ótimo nível de rigidez torcional e uma suspensão de respostas rápidas e precisas. As reações do carro aos movimentos do volante são igualmente imediatas.
Os números obtidos em pista confirmam o ótimo desempenho percebido nas ruas. O Jetta acelera de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos, enquanto seus rivais precisam de mais de 10 segundos para cumprir a mesma tarefa. E o que é melhor: não cobra no posto a conta desse bom desempenho. Com média de 9,4 km/l, ele é o mais econômico em perímetro urbano.
Há outra boa notícia atrelada à vida econômica do Jetta: com uma soma de 2332 reais, ele é dono do pacote de revisões até 60000 km mais em conta do comparativo. A mesma projeção de manutenção de Sonata e Fusion indica, respectivamente, 2557 e 2848 reais. Já quem tem um Malibu precisa preparar o bolso, pois as revisões até 60 000 km lhe custarão pesados 5625 reais. Os preços foram cotados nas concessionárias das marcas.
Com 4,64 metros de comprimento, o Jetta é menor que os concorrentes, sobretudo na parte dianteira da cabine - atrás, o VW é equivalente ao Hyundai em espaço para pernas e cabeça. Ainda que econômico no habitáculo, o Jetta é generoso no porta-malas, cujo volume interno é de 510 litros. Ou seja, leva o equivalente a uma mala pequena a menos do que um Fusion, dono do maior compartimento de bagagem.
DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO A suspensão garante conforto e segurança e a resposta ao volante é imediata. Os freios poderiam ser mais eficientes, já que o Jetta é o mais leve da turma.
★★★
MOTOR E CÂMBIO De tão bem acertado e eficiente que é, o conjunto motriz confere um desempenho de causar inveja na concorrência.
★★★★
CARROCERIA Atual e muito discreto, o Jetta é elegante. Mas, perto do Sonata, nem parece um lançamento.
★★★★
VIDA A BORDO O porta-malas é espaçoso, mas motoristas altos precisarão deslocar muito o banco, apertando quem viaja atrás.
★★★
SEGURANÇA Ter um motor vigoroso facilita a ultrapassagem - e isso é sinônimo de segurança.
★★★★
SEU BOLSO Os descontos ainda virão, mas hoje o Jetta já é um bom negócio.
★★★★
Se custasse na vida real o mesmo preço que a Chevrolet divulga na tabela, o Malibu seria carta fora do baralho. Seu preço oficial é de 89900 reais, mas, em meados de junho, as autorizadas fechavam negócio a 79900 reais. De acordo com a fábrica, o valor era promocional, uma estratégia para limpar o estoque de Malibu 2010/11 e abrir espaço para a chegada dos 2011/11, que voltariam ao preço normal. O gerente de vendas de uma concessionária de São Paulo discorda: "Como o novo lote não terá mudanças, será impossível voltar a cobrar 90000 reais. Aposto que o preço continuará na casa dos 80000 reais".
No primeiro semestre do ano que vem, a nova geração do Malibu chegará ao Brasil - como modelo 2013. Renovada, contará com elementos estéticos do Camaro, como as laternas divididas em dois pares e o quadro de instrumentos com o duplo canhão quadrado, abrigando velocímetro e contagiros. Já o rádio atual, com display com caracteres formados por pontinhos iluminados em verde, dará lugar a uma central multimídia com LCD de 7 polegadas. As linhas da carroceria se livram da monotonia e ficam mais dinâmicas - não tão futuristas quanto as do Sonata, mas mais ousadas que as de Fusion e Jetta.
Com a nova geração, também são aguardadas mudanças mecânicas. O motor atual, um quatrocilindros 2.4 de 171 cv e 22,1 mkgf, será "aumentado" para 2.5. Anabolizado e com injeção direta de gasolina, o motor terá números melhores: potência de 190 cv e 25 mkgf de torque.
O volante grande e de aro pouco espesso reforça o lado americano do Malibu. Campeão do comparativo no quesito entre-eixos (2,85 metros), tem uma cabine com muito espaço para as pernas na dianteira e na traseira, mas cobra a conta com um porta-malas pequeno, com capacidade para apenas 428 litros. O do Jetta, cujo entre-eixos é de apenas 2,65 metros, tem volume interno de 510 litros.
O ajuste macio da suspensão é outro indicador da americanização do Malibu. Assim como seu conterrâneo Fusion, não é muito chegado a curvas contornadas com emoção. Quem insistir, no entanto, contará com o auxílio do controle eletrônico de estabilidade e tração, tanto no Chevrolet quanto no Ford. Os freios do Malibu (o mais pesado, com 1 582 kg) foram os únicos capazes de imprimir na pista números de frenagem tão bons quanto os do Jetta (o mais leve, com 1 375 kg).
DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO As respostas lentas ao volante combinam com a suavidade extrema da suspensão. Os freios são exemplares.
★★★
MOTOR E CÂMBIO Acelera menos que os concorrentes e está entre os que mais bebem gasolina.
★★★
CARROCERIA A chegada do Malibu 2013 só confirma: o desenho da atual geração está defasado.
★★★
VIDA A BORDO A cabine é muito espaçosa e completa, mas o layout antigo cria um clima monótono.
★★★
SEGURANÇA ABS, airbag, controle de tração e estabilidade ele tem, mas faltou o apoio de cabeça no centro do banco traseiro.
★★★★
SEU BOLSO Ainda que o preço oficial baixe em definitivo para 79900 reais, o Malibu sai mais caro que o Fusion.
★★★
3º Sonata 2.4 16V
Se a carroceria obsoleta foi o principal fator do estacionamento do Malibu na lanterna do comparativo, o que faz o radical Sonata na terceira colocação? Resposta: o preço alto.
O valor de tabela do sedã coreano é o mesmo desde a estreia, ocorrida em novembro de 2010, 105 000 reais. Mas a lei da oferta e procura está se encarregando de ajustar esse preço: hoje, é possível fechar negócio com uma proposta de 97 000 reais, conforme apuração realizada em meados de junho.
Se o Malibu é a referência em espaço interno, o design é o ponto alto do Hyundai. Não há um ângulo sequer em que ele carregue linhas comportadas. O perfil é o grande destaque, com as colunas A e C inclinadas, formando um teto longo e em arco. Um vinco nasce suave no para-lama dianteiro, cresce nas portas, onde se funde às maçanetas, e morre na tampa do porta-malas, logo após servir de moldura superior para as lanternas.
O interior segue um tom um pouco menos radical que as linhas externas. Os quatro difusores do sistema de ar-condicionado (digital e bizona) são verticais e o rádio tem a mesma tela de outros Hyundai - é do tipo que o fundo fica iluminado, não os caracteres. "Apenas os primeiros lotes traziam revestimentos com cores diferenciadas, como creme e vinho. Os Sonata mais novos chegam com couro cinza escuro, quase preto", diz o vendedor de uma concessionária Caoa de São Paulo. A mescla de superfícies foscas com detalhes em preto brilhante rende um efeito interessante. O câmbio do Sonata, uma caixa automática com seis marchas, permite trocas sequenciais por meio da alavanca e de borboletas atrás do volante - estas, de plástico muito fino, passam a impressão de fragilidade.
Na pista, o Sonata apresentou o pior número de consumo rodoviário, com apenas 11,8 km/l - na cidade, registrou 8,2 km/l, uma marca (pouco) melhor apenas que a do Malibu, com 8 km/l. À exceção do turbinado Jetta, todos os rivais aspirados perdem para o Sonata nas provas de aceleração e retomadas de velocidade. Na prática, o bom desempenho na pista se traduz num sedã esperto e ágil em meio ao trânsito.
Bem equipado, o Sonata é vendido em versão única, com motor 2.4 16 V de 178 cv. O mesmo vendedor que confirmou o preço real do Sonata falou sobre a chegada de uma versão mais em conta, com motor 2.0 16V de 165 cv: "Será no segundo semestre e terá menos equipamentos".
DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO As rodas aro 18 com pneus de perfil baixo combinam com o estilo esportivo, mas sacrificam o conforto.
★★★
MOTOR E CÂMBIO Se não fosse tão gastador na estrada, obteria uma nota melhor.
★★★
CARROCERIA Para quem prioriza o status, o Sonata é a escolha certa.
★★★★
VIDA A BORDO Em espaço para passageiros, o Sonata só perde para o Malibu.
★★★
SEGURANÇA Atrás, há encosto de cabeça para quem viaja no centro, mas falta o cinto de três pontos.
★★★★
SEU BOLSO Até vendedor de Hyundai reconhece que os descontos não chegaram ao máximo. Ou seja, o Sonata ainda é caro diante dos rivais.
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2º Fusion 2.5 16V
Assim como o Malibu, o Fusion carrega uma série de qualidades - boas e ruins - que entregam sua origem norte-americana. O volante grande, os displays digitais com caracteres ponteados e a dirigibilidade notadamente voltada para o conforto são algumas delas.
Tecnicamente, o câmbio do Fusion é inferior ao de seu conterrâneo. Além de não oferecer ao motorista a opção de trocas de marcha por meio de borboletas (ou teclas) no volante - os carros aqui confrontados provam que esse é um item mandatório no segmento -, ele sequer permite mudanças sequenciais pela alavanca.
Apesar de pobre em recursos, a caixa automática de seis marchas casa bem com o motor 2.5 de 173 cv. Na média dos concorrentes nas provas de retomada e aceleração, o Fusion foi muito bem nos testes de consumo. Na simulação da vida em estrada, chegou a derrotar o supereficiente Jetta (14,3 contra 13,4 km/l). Na cidade, ficou atrás do VW por pouco: 9,1 ante 9,4 km/l. O quatro-cilindros Ford contribui para o ótimo desempenho do Fusion nas medições de ruído.
No cotidiano, o Fusion também agrada. A suspensão é um pouco mais firme que a do Malibu, mas ainda assim trabalha mais macia que a de Jetta e Sonata. Vá com calma em valetas e lombadas: o longo balanço dianteiro (área de carroceria à frente do eixo) faz com que o para-choque raspe com extrema facilidade - o modelo cedido pela Ford apresentava inúmeras cicatrizes.
Na hora de contratar o seguro, o dono de um Fusion pode contar vantagem, pois paga menos: 2637 reais, de acordo com a Corretora Nova Feabri. O seguro de Jetta, Sonata e Malibu custa, respectivamente, 2996, 3770 e 2692 reais.
Dono do maior porta-malas da turma, com 530 litros, o Fusion também é espaçoso na cabine. Aliás, é dele a melhor relação entre espaço para passageiros e bagagem.
Ao abrir o capô, o motor sem capa causa má impressão: nem parece que o Fusion pertence a uma categoria que atende clientes exigentes. Na cabine, acontece o contrário, o painel e as forrações de portas são macios e emborrachados, com ótima qualidade de montagem.
Outra vantagem do Fusion está no prazo de garantia, de três anos. Não é tão elástica quanto os cinco anos do Sonata, nem tão modesta quanto o único ano de Malibu e Jetta.
DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO A suspensão oferece ótimo compromisso entre estabilidade e conforto. Os freios poderiam ser mais eficientes.
★★★
MOTOR E CÂMBIO Econômico, o 2.5 do Fusion se mostrou o mais comedido nas provas de consumo rodoviário.
★★★★
CARROCERIA O design do Fusion ainda é capaz de atrair olhares de cobiça na rua.
★★★★
VIDA A BORDO O display do computador de bordo e do rádio entregam a idade do projeto do Fusion.
★★★
SEGURANÇA Como o Jetta, oferece apoio de cabeça e cinto de três pontos para quem viaja no centro do banco traseiro.
★★★★
SEU BOLSO Na prática, é o mais barato dos sedãs aqui reunidos.
★★★★
1º Jetta 2.0T 16V
Se a boa dirigibilidade estiver no topo da sua lista de prioridades na hora de escolher um carro, não pense duas vezes: vá de Jetta. Agora, se o que você busca é uma boa relação entre custo e benefício, vá de... Jetta. Sim, ele é o menor dos sedãs aqui alinhados, não tem o desenho mais chamativo e está longe de ser uma pechincha. Mas é o que apresenta os melhores argumentos para merecer o seu dinheiro - e a sua garagem
Se ao volante você é do tipo pacato, basta dosar o pé sobre o acelerador. O câmbio DSG de dupla embreagem troca as marchas rapidamente, sem deixar o giro subir. A via permite uma tocada mais esportiva? Mova a alavanca do câmbio de D para S e boa diversão. As marchas também são engolidas rapidamente, mas só depois de o giro ser elevado entre 5 000 e 6 000 rpm. O trabalho do ponteiro do conta-giros denuncia a rapidez nas trocas: ele mal cai e já começa a subir, vigoroso.
Todo esse apetite do motor é sustentado por uma carroceria com ótimo nível de rigidez torcional e uma suspensão de respostas rápidas e precisas. As reações do carro aos movimentos do volante são igualmente imediatas.
Os números obtidos em pista confirmam o ótimo desempenho percebido nas ruas. O Jetta acelera de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos, enquanto seus rivais precisam de mais de 10 segundos para cumprir a mesma tarefa. E o que é melhor: não cobra no posto a conta desse bom desempenho. Com média de 9,4 km/l, ele é o mais econômico em perímetro urbano.
Há outra boa notícia atrelada à vida econômica do Jetta: com uma soma de 2332 reais, ele é dono do pacote de revisões até 60000 km mais em conta do comparativo. A mesma projeção de manutenção de Sonata e Fusion indica, respectivamente, 2557 e 2848 reais. Já quem tem um Malibu precisa preparar o bolso, pois as revisões até 60 000 km lhe custarão pesados 5625 reais. Os preços foram cotados nas concessionárias das marcas.
Com 4,64 metros de comprimento, o Jetta é menor que os concorrentes, sobretudo na parte dianteira da cabine - atrás, o VW é equivalente ao Hyundai em espaço para pernas e cabeça. Ainda que econômico no habitáculo, o Jetta é generoso no porta-malas, cujo volume interno é de 510 litros. Ou seja, leva o equivalente a uma mala pequena a menos do que um Fusion, dono do maior compartimento de bagagem.
DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO A suspensão garante conforto e segurança e a resposta ao volante é imediata. Os freios poderiam ser mais eficientes, já que o Jetta é o mais leve da turma.
★★★
MOTOR E CÂMBIO De tão bem acertado e eficiente que é, o conjunto motriz confere um desempenho de causar inveja na concorrência.
★★★★
CARROCERIA Atual e muito discreto, o Jetta é elegante. Mas, perto do Sonata, nem parece um lançamento.
★★★★
VIDA A BORDO O porta-malas é espaçoso, mas motoristas altos precisarão deslocar muito o banco, apertando quem viaja atrás.
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SEGURANÇA Ter um motor vigoroso facilita a ultrapassagem - e isso é sinônimo de segurança.
★★★★
SEU BOLSO Os descontos ainda virão, mas hoje o Jetta já é um bom negócio.
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